Trabalhadores cobram salários atrasados e encaram pesadelo que se tornou recorrente na Saúde de Cajazeiras

Enquanto os holofotes dos aliados de Zé Aldemir estão fixados em quem será o escolhido (a) como pré-candidato (a) da base governista, ou quais serão as contratações que se apresentarão no Carnaval, agentes comunitários de saúde (ACS), agentes comunitários de combate a endemias (ACE), servidores do SAMU e de alguns postos de saúde da família, que não tem nada haver com a falta de planejamento financeiro, ainda não receberam o salário de dezembro de 2023. Iniciaram o ano com salário atrasado.

Há visivel e intencionalmente um esquecimento desse tema tão importante e justo: o trabalhador receber seu salário.

Para esses servidores, janeiro de 2024 é como praticamente todos os últimos meses: o pesadelo do atraso salarial se repete.

Sem data certa para receber seus vencimentos e com a mesma justificativa da Secretaria Municipal de Saúde, de atraso no repasse dos recursos federais – o que o governo federal nega – é preciso uma medida coletiva: paralisação das atividades, mantendo apenas os serviços essenciais.

A paralisação convocada pelo sindicato até certo ponto pressiona, mas não obriga que a gestão priorize o servidor, quase sempre colocado em segundo plano, propositadamente.

Eu que não sou servidor público do município, fico a me perguntar, como é que fica um servidor, com salário atrasado, sem data pra receber, prestes à paralisar suas atividades, quando escutar falar que a preocupação da gestão é com pesquisa pra definir quem será o candidato (a), com as atrações do carnaval, qual a avenida em que a festa vai acontecer e com tantos temas irrelevantes, se colocamos em parâmetro a dignidade do servidor público, que concursado, entrou pela porta da frente, sem intermediação de político algum. Imagino que seja de revolta silenciosa, de quem sabe a hora de dar o troco. Talvez seja isso ou acomodação, diante da repetição do desrespeito.

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