No final da tarde deste domingo, dia dos pais, fui surpreendido com a triste notícia do falecimento do senhor Francisco de Assis Campos, pai do atual deputado Jeová Campos. Conhecido por todos como Assis de Noé.
Ele era um homem de muita fé.
Recordo-me que no início do ano passado, em uma celebração na sua casa na rua Treze de Maio, pude vê-lo pessoalmente, e confesso, me surpreendi com a vontade de viver daquele homem, que a vida impôs as maiores dificuldades. Embora debilitado, sem enxergar absolutamente nada, Assis de Noé conseguia identificar alguns familiares ao ouvir a voz. Que perspicácia.
Na casa, ele tinha lugar especial.
A esposa e os filhos cuidavam dele assim como uma mãe cuida de um bebê recém-nascido. Era muito amor envolvido. Continuará sendo.
Em uma conversa com o deputado Jeová recordo-me dele justificando a importância do pai dele em todos os momentos da sua vida.
“Meu pai um homem da roça, que não estudou, mas sempre foi um homem inteligente. Foi ele quem me incentivou a sair do sítio para estudar na cidade. Ele queria ver o filho formado e conseguiu. Devo muito a meu pai”, dizia naquela época Jeová. Diz até hoje.
Quando afirmo que Assis de Noé era um homem de muita fé, justifico, nas duas vezes que o visitei, quando faltavam assuntos no bate-papo ele emendava com algum ‘bendito da igreja’.
Tinha o bendito da Hóstia Consagrada e o das Santas Missões Populares. Era um exímio devoto do santo do nordeste: Frei Damião.
Os últimos dias de vida de Assis de Noé foram de muita instabilidade.
Ora no hospital, ora em casa, mas uma coisa permaneceu intacta até o fim: sua lucidez. Permaneceu firme e inabalável como a rocha. No hospital ou em casa, os benditos da igreja não saiam de sua boca.
Assis de Noé agora está no céu, intercedendo por todos nós e deve estar entoando algum bendito na presença de Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora.
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