Ao condicionar sua pré-candidatura à federal, ao vice-governador Lucas Ribeiro assumir o governo com a saída do governador João Azevedo para disputar uma vaga no Senado em 2026, o ex-prefeito Zé Aldemir ignora o acordo firmado pelo grupo em 2024 – até então liderado por ele – que resultou na vitória de Corrinha para prefeitura de Cajazeiras e põe em risco a hegemonia da gestão da sua sucessora que tem menos de seis meses.
Faço questão de transcrever o que disse o ex-prefeito na entrevista na Rádio Cidade FM:
”Se João Azevedo se manter no governo nós vamos calcular e vamos verificar a possibilidade de manter a minha pré-candidatura à federal. Se por acaso, a gente perceber com clareza, de forma evidente, que a minha eleição é remota [eu não tenho idade pra fazer aventura], eu não vou pra federal.”
Zé Aldemir foi além ao ser questionado sobre ”um problema” com Júnior Araújo: ”Não tem problema nenhum. Na última foram três candidatos aqui e os três venceram, então por que não pode? Não tem problema nenhum, Corrinha vai pra o palanque e diz ao povo de Cajazeiras esses dois nomes [Zé Aldemir e Júnior Araújo] e quem quiser vota em qualquer um dos dois”, disse.
Com as festas juninas, Zé Aldemir coloca lenha na fogueira da política e sobe temperatura da base de Corrinha.
JOSÉ DIAS NETO