Após entrar no STF de bermuda, renomado advogado criminalista pede desculpas e recebe solidariedade de advogada cajazeirense

O renomado advogado criminalista Antônio de Almeida Castro, o Kakay foi acusado neste final de semana de ‘profanar’ o Supremo Tribunal Federal – STF – usando uma bermuda e camiseta de mangas curtas pelos corredores da Suprema Corte.

Segundo o código de vestimenta do Supremo, os homens devem andar de terno, gravata e paletó; já as mulheres, têm de usar terninho ou saia.

A imagem que viralizou nas redes sociais foi registrada por ele mesmo, o notório Kakay. Veja a seguir.

Kakay disse que não quis desdenhar do Judiciário ao ignorar código de vestimentas da corte. Foto: Reprodução das redes sociais

KAKAY PEDIU DESCULPAS!

“Sobre esse infeliz episódio da fotografia em que estou de bermuda no corredor do Supremo, quero deixar claro que foi uma passagem rápida pelo tribunal no ano passado, por motivo de extrema urgência e durante um feriado, apenas para buscar um documento importante para a defesa de um cliente. Evidentemente não fui a nenhum gabinete, muito menos despachei com nenhum ministro naquele dia”, contou.

“Mas o uso da imagem como se de alguma maneira eu estivesse desdenhando do Poder Judiciário, especialmente do Supremo Tribunal Federal, me faz vir a público esclarecer e pedir desculpas aos membros do Poder Judiciário e a quem, de alguma forma, considerou o fato desrespeitoso. A advocacia é minha vida e nutro pelo Judiciário, não só pelo Supremo Tribunal, mas pelo Superior Tribunal de Justiça, demais tribunais e pelos juízes em geral profundo respeito. A melhor maneira de deixar isso claro, embora nunca tenha tido nenhuma intenção de desrespeitar, é deixar expresso o meu sincero pedido de desculpas”, completou o advogado na nota.

ADVOGADOS SÃO SOLIDÁRIOS

Diante da repercussão midiática em torno do renomado advogado Kakay, a advogada criminalista cajazeirense Catharine Rolim Nogueira usou as redes sociais para demonstrar sua solidariedade com o seu colega advogado.

Veja a seguir a publicação de Catharine Rolim nas suas redes sociais:
Ariano Suassuna, festejado escritor paraibano, de saudosa memória, conta que foi impedido de entrar no Palácio da Redenção, na Capital paraibana, por não estar usando traje social, sendo que ali já havia entrado sem vestes, por ter sido o lugar onde nascera, pois seu pai, João Suassuna, era governador à época. O escritor conta essa história com tom hilário, numa das suas profícuas apresentações públicas.

Uma história parecida se repete hoje, quando milhares de pessoas questionam o fato do advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido pelo epíteto de Kakay, ter feito uma fotografia no corredor do STF, em trajes informais.

Durante viagem à Brasília-DF, a advogada Catharine Rolim conheceu pessoalmente o renomado advogado Kakay.

Numa metáfora um tanto proselitista do assunto, as duras críticas vinculam a fotografia a uma espécie de banalização do Judiciário por parte da advocacia criminal.

É fato que Kakay representa, sem sombra de dúvida, a elite da advocacia criminal brasileira, o que ele conquistou por mérito, por ser exímio conhecedor da matéria penal e constitucional, mas isso não o afasta da condição de “pessoa normal”, assim digamos.

Quem o conhece, sabe do seu desapego aos excessos, do seu jeito espirituoso e despojado de ser, da sua extrema simplicidade e, não posso esquecer, da sua humanidade, características estas que não embargam seu respeito ao Judiciário.

Talvez dissesse Ariano ao ver a foto que, Kakay vê a Justiça como a casa do cidadão, que deve estar de portas abertas para dar a cada um apenas o que é seu, independente de vestes, cor, partido, religião ou condição social.

BLOG DO JOSÉ