Nesta terça-feira, dia 16, participei do encerramento da Festa de Nossa Senhora do Carmo na Capela do Carmelo, depois de uma procissão, a missa solene foi celebrada pelo bispo diocesano Dom Francisco de Sales.
A homília do bispo, todos sabem, tradicionalmente, é longa. Desta vez não foi tanto, foi necessária. Foi uma flecha.
Carmelita que é, pensei que o bispo fosse prolongar ainda mais na homília própria para este dia.
Gravei a fala do bispo quase que na sua totalidade, gravei e escutei atentamente o que Francisco de Sales falava diante das irmãs missionárias e do povo presente.
Foi durante este momento que ouvi uma palavra que está presente em quase todas as homílias do bispo de Cajazeiras: ‘indiferença’.
Ao tratar sobre a atualidade, Dom Francisco de Sales pediu que os fiéis católicos, principalmente, pudessem romper os limites da superficialidade, da qual perdemos a sensibilidade pelas coisas e buscamos experiências de fé para satisfazer nosso ego, anulando o valor das pequenas coisas do cotidiano.
Lembrei-me também do livro do amigo Damião Fernandes, ‘Coisas Comuns, o Sagrado que abriga dentro’, nele pude sentir a sacralidade em detalhes, em momentos.
Dom Francisco de Sales está coberto de razão.
Afinal, Deus não é nenhuma mercadoria que esteja a venda em estantes com slogans baratos.
Temos que ver Deus no mais simples irmão. No mais simples gesto.
A fala de Dom Francisco de Sales é o ‘húmus’ para hoje, assim como o húmus prepara a terra para o plantio, o Dom de Cajazeiras nos prepara para sermos melhores.
BLOG DO JOSÉ