O ano de 2021 mal tinha começado e dois rostos conhecidos da TV Diário do Sertão passavam a compor os números do boletim epidemiológico do município de Cajazeiras, como casos confirmados do novo coronavírus, – vírus silencioso e nefasto que causa espanto aos meros mortais que recebem o diagnóstico – a partir de então, apreensão e medo começaram a afagar o meu psicológico.
Era uma sexta-feira, passava das 19h e eu em isolamento obrigatório no meu quarto, não conseguia me mover nem me alimentar, quando de repente, Petson Santos chega em minha casa com palavras de ânimo, próprias de quem está sempre disposto a ajudar. Certamente, ao ver meu quadro de saúde, e sensibilizado com meu caso, decidiu ligar para falar com o profissional médico com quem sempre teve afinidade: Dr. Jamacir Ferreira Moreira.
Atuante da linha de frente do combate à pandemia, o profissional em muitos [vários] momentos viu o limite da telemedicina ser extrapolado, com perguntas frequentes e inquietações próprias do momento pandêmico e da apreensão em ter o estado de saúde agravado. Nesse mesmo período, Petson que era a ponte entre médico-paciente, passou a ser paciente do Dr. Jamacir, testando positivo para a Covid-19 e tendo que adotar todos os protocolos e recomendações de alguém que antenado com as últimas pesquisas científicas em torno do vírus causador da Covid-19, orienta com segurança em todos os sentidos o que fazer em cada etapa na luta contra o SARS-COV-2.
Entre exames, testes de oximetria e medicamentos, a terapia do acompanhamento médico à distância que mais parecia ser presencial fez toda a diferença na superação da doença. Clarividente, assa afirmação é do autor do blog.
Nesse processo de cuidados diários, a enfermeira Josirleide Oliveira – esposa de Petson – cumpriu o papel que prometeu ao receber o diploma de Enfermagem nos mínimos detalhes, da aplicação das injeções à verificação da pressão, cuidou e zelou dos seus pacientes sob orientação do médico cauteloso.
Durante todo dia, o médico Dr. Jamacir Ferreira recebia ligações e mensagem de aplicativos e sempre respondia com cordialidade – inexplicavelmente, diante da sua intensa agenda de atendimentos e cirurgias – o que fazer ou que não fazer diante do quadro positivo para o novo coronavírus. Eram mensagens intermináveis, com perguntas das mais variadas, sempre respondidas com objetividade e clareza.
No mesmo período, minha esposa Ana Maria testa positivo para o coronavírus e a preocupação aumenta, já que na nossa casa havia uma criança, Lívia de apenas 7 anos, que teve que enfrentar isolamento em seu quarto sem ter contato com seus pais, sob risco de também ser infectada. Foram dias difíceis, e como foi difícil!
Nesses dias de isolamento social, ao acompanhar as discussões sobre a liberação da vacinação, vimos os cientistas no topo das discussões e atestamos ainda mais a importância desses profissionais na vida da população global.
Graças a ciência, temos em um tempo considerado recorde, a descoberta de uma vacina eficaz contra o vírus que ceifou a vida de mais de 200 mil brasileiros.
Aos cientistas nosso reconhecimento agora e sempre. Ao cajazeirense Jamacir Ferreira, profissional médico de excelência, nosso reconhecimento, pois em um momento tão difícil e crítico abriu as portas de seu consultório, seja virtual ou presencialmente para atender dois pacientes, que além da doença enfrentavam a ansiedade de terem que parar suas vidas por intermináveis dias, pausando as ‘correrias’ próprias do dia a dia de quem lida com comunicação.
As vacinas que são aplicadas no Brasil de hoje são oriundas de muito esforço coletivo e representam a ‘esperança’, de que amanhã o sol nascerá e novas oportunidades surgirão.
As ações de Dr. Jamacir Ferreira e seu protocolo não só trouxeram esperança para os dois pacientes, mas para uma legião de familiares e amigos, que hoje vibram com a notícia: José Dias Neto e Petson Santos venceram a Covid-19.
Vencemos o coronavírus num momento em que o povo brasileiro começa a receber o imunizante contra esse mal que afetou as nossas vidas e renovamos nossa esperança de que amanhã vai ser outro dia.
JOSÉ DIAS NETO