Ataques à imprensa de Cajazeiras devem ser repudiados e não politizados

O assunto que trago hoje, infelizmente, não é novidade: violência e desrespeito à imprensa.

Embora tenha se acentuado de forma crescente no período de 2018 à 2022, sob o Governo Bolsonaro, nós, profissionais da comunicação continuamos a sofrer ataques de quem tenta calar a nossa voz ou se incomoda com a liberdade de imprensa, que nos assegura o direito de nos posicionar sobre os temas que envolvem à sociedade no dia a dia.

O mais recente episódio veio à tona nesta quinta-feira, dia 18 de abril, quando um áudio vazado [propositadamente?!] da diretora do Hospital Regional de Cajazeiras revela o desrespeito da servidora pública com a imprensa cajazeirense.

”Resumindo, as rádios de Cajazeiras não querem informações do hospital, de melhorias, eles [radialistas] querem fuxico”, essas são as declarações de Jacylene Eduardo, diretora do Hospital Regional de Cajazeiras no áudio que vazou e foi amplamente divulgado nas redes sociais.

À tudo que ele disse antes e depois, e em cada palavra proferida por ela, o meu total repúdio.

Como profissional comprometido com a verdade dos fatos, sigo em frente, de cabeça erguida e mantendo o meu propósito.

REAÇÃO

A ACI– Associação Cajazeirense de Imprensa publicou uma nota repudiando as declarações da diretora do HRC Jacilene Eduardo, afirmando que as rádios de Cajazeiras só querem fazer “fuxicos”, deixando claro sua repulsa com a imprensa local, evidenciando o que já era notado diante do tratamento desde que chegou a cidade, sempre recusando entrevistas ou declarações relacionadas ao funcionamento daquela casa de saúde, a Associação Cajazeirense de Imprensa – ACI, vem ser solidária com todos os profissionais radialistas e imprensa local, repudiando esse desrespeito com a categoria.

NOTA DA ACI

 

ALERTA!

Levantamento divulgado pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (Abert) mostra o número de ataques proferidos a jornalistas e profissionais da imprensa em 2023.

De acordo com o relatório Violação à Liberdade de Expressão, foram registrados 111 casos de violência não letal envolvendo pelo menos 163 jornalistas no último ano, uma redução de 19% em comparação com o número de casos de 2022.

Segundo o levantamento, as agressões físicas lideraram os registros de violações ao trabalho jornalístico. Pelo menos 45 casos foram contabilizados, 40% do total. O número de profissionais que foram alvo de agressores subiu para 80, um aumento de 8,11% em relação ao ano anterior.
Casos e atentados, injúria e furtos cresceram substancialmente em 2023: 50%, 200% e 600%, respectivamente.

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