Com problemas históricos envolvendo a saúde, Cajazeiras registra em menos de dez dias, duas mortes de bebês indefesos, que por não termos uma saúde de alta complexidade, agonizam num leito hospitalar e não resistem, quando submetidas a uma transferência de quase 500 quilômetros. Na semana passada, Ana Júlia morreu no HUJB. Agora, nesta terça-feira (16), o pequeno Enzo Diego Ribeiro, de apenas 42 dias de vida, faleceu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Cajazeiras, horas depois de ter dado entrada apresentando complicações respiratórias agudas. A causa morte, segundo atestado foi Bronquiolite Viral Aguda.
A morte desse bebê, que se soma a tantos outros óbitos na história, expõe as estranhas da problemática da saúde pública do interior, principalmente da região metropolitana de Cajazeiras. Cidadãos fadados a desafios quilométricos quando se trata de lutar pela vida, ter acesso a um direito fundamental, que prevê a Constituição de 88 é uma via crucis.
Além da comoção, [confesso que escrevo essas poucas linhas com olhos marejados], a falta de uma saúde de qualidade, precisa nos mover a cobrar dos nossos representantes, os indispensáveis investimentos, tão prometidos nas campanhas eleitorais. Afinal, tá mais que na hora deles deixarem a promessa, deixarem de fazer palanque em velórios com discursos já prontos, para partir pra ação, colocar em prático aquilo que tanto falam nas entrevistas.
Quando Ana Júlia morreu no dia 7 de maio, muitos políticos locais apareceram na mídia pra prometer implantação de UTI em Cajazeiras, garantindo funcionamento, inclusive, escondendo os desafios para manter um serviço como esse pela falta de profissionais no interior, simplesmente para justificar seus ‘mandatos’. Agora, com a morte do pequeno Enzo, não podemos aceitar que mais uma vez usem do momento de dor da família para que nas entrevistas programadas, eles possam mais uma vez prometer e prometer, sendo que nunca cumprem. O prefeito prometeu implantação de UTI no Hospital Regional após reunião com o secretário estadual, até agora nada saiu do papel, precisamos cobrar, afinal são promessas que nunca se cumprem.
Chega! Não aguentamos mais! Quantas mais terão que morrer? Quanto vale uma vida? O valor da vida é imensurável, é impossível precifica-la, quero ação, queremos atitude e não aceitamos promessas.
BLOG DO JOSÉ